30 setembro 2009

Holding back the years

      Esse ano não tem sido nada bom para mim. Muitas coisas ruins, situações chatas e problemas de todos so tipos. De tanto que isso anda acontecendo, fico com saudades de 2007.

      Meu 2007 começou, na verdade, no final de 2006. Nessa época tudo era diferente. Qualquer coisa que eu pensava em fazer dava certo, eu tinha dinheiro suficiente pra não me preocupar com nada, estava entregando o projeto da minha monografia, fiz algumas viagens bem legais durante todo o ano e ainda me sobrava disposição para as farras com os amigos. A única coisa chata era que eu não tinha uma namorada (mas consegui suprir essa lacuna).

      Em 2007 eu bati várias fotos legais. Tinha alegria e vontade para isso. Não saia de casa sem minha câmera (na verdade foram duas: uma foi roubada, depois comprei outra) pois sabia que a qualquer momento eu teria uma foto para fazer. Também fui para várias festas legais, com pessoas bacanas. Viajei pra Feira de Santana, Minas Gerais (duas vezes), Recife, Salvador. Bebi e bebi bastante coisa nova e que até hoje tenho saudades (gelatina de cachaça e a comida da Lau, principalmente).

      E se 2007 começou antes de primeiro de janeiro, também terminou depois do dia 31 de dezembro. Ainda em 2008 teve o Conebio extraordinário aqui em Aracaju e finalmente terminou no carnaval em Recife/Olinda. Alguns poucos contratempos aconteceram: roubo da câmera, atraso de salário, tornozelo torcido... Porém nada tirava meu bom humor.

      Só que um dia o ano tinha que acabar.

      E acabou.

Is the end of the world as we know it!!

29 setembro 2009

Mad world...



All around me are familiar faces
Worn out places
Worn out faces
Bright and early for the daily races
Going no where
Going no where
Their tears are filling up their glasses
No expression
No expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow
No tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles its a very very
Mad world
Mad world

Children waiting for the day they feel good
Happy birthday
Happy birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen
Sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me
No one knew me
Hello teacher tell me what’s my lesson
Look right through me
Look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles its a very very
Mad world
Mad world
Enlarging your world
Mad world


Para quem preferir, tem também a versão do Tears for fears no youtube.

Noite escura

      Meu ano anda bem assim: um breu só.


      Por sorte eu tenho uma luz pra me ajudar a caminhar pela escuridão...

24 setembro 2009

Nem o Ramirão sobreviveu...

      A única certeza na vida é a morte. E eu encaro a morte de um forma bem particular.

      Além da questão da proximidade que tinha com quem faleceu, levo muito em consideração o que ela tinha feito (e ainda poderia fazer) para o bem de todos. Não gosto de velórios e enterros, prefiro guardar comigo a imagem de alguém vivendo a vida que de um corpo dentro de um caixão.

      Ontem, no trabalho, recebi a notícia que meu ex-professor de geografia da época do colégio faleceu, após tentar curar um câncer de intestino por dois anos. E isso me deixou profudamente triste, porque ele era o tipo de pessoa que deveria ser imortal. Não falo aqui nas lembranças que ele deixou em todos que foram seus alunos, falo no sentido literal: pessoas como ele não deveriam morrer. Acredito que assim a humanidade seria muito melhor.

      Conheci Tio Ramiro (chamava ele assim sempre) muito antes dele ser meu professor, pois meu irmão mais velho estudava com o filho dele. Eu ainda era do ensino fudamental mas já escutava as histórias pela boca do meu irmão: "Ele é durão"; "Você vai se dar mal quando chegar à 5ª e tiver aula de geografia"; "Ele manda metade da turma pra secretária na primeira semana de aula". Tudo isso foi criando um aura de carrasco e professor casca grossa, daquelas que a gente odéia até sair do colégio.

      Então chegou a minha vez de começar a estudar no ginásio (5ª série) e ter aulas de geografia com o Ramiro. Logo na primeira aula, ele olhou pra mim é mandou um "Te conheço, viu?" a queima roupa. Pensei que ali estaria a realização dos meus temores. Mas o que veio depois disso foi uma aula de como ser uma pessoa. Em todos os sentidos.

      Ao longo de vários anos ele me mostrou que ali na minha frente não se encontrava apenas um mero repetidor de livros, mas um mestre que aprendeu, sobretudo, com a vida. Me ensinou que a geografia não é somente mapas e capitais, é uma forma de entender a ocupação de espaços naturais pelo homem. E como tudo que envolve o ser humano, tem sérias consequências para o meio ambiente.

      Ele também me mostrou que professores são seres humanos e por isso mesmo, erram. Quando errou, ele foi o primeiro a admitir e pedir desculpas pelo que causou. Isso só acontece com as pessoas que tem caráter e o dele era infinito.

      Depois de algum tempo ele se mostrou uma grande pai para mim (e para todos), daqueles que ensinam e que cobram. E sempre agradeci a ele por ter passado no vestibular de Biologia da UFS. Se não fosse pelo gosto que ele me fez ter por Geografia eu não teria acertado 73 dos 75 itens das 3 provas do PSS.

      Tio Ramiro tinha o riso fácil. E percebeu antes de mim que eu tinha alguma coisa a mais com a geografia. Fico para sempre com as lembranças das nossas competições para ver quem terminava primeiro os exercícios de geografia no 3° ano. Eu sempre ganhava (até porque ele era interrompido para tirar dúvidas dos outros alunos).

      De tanto que ele era querido, foi feita uma adaptação de uma música de Luiz Gonzaga para ele que, de certa forma, tem um pouco haver com o momento.


"Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra tá morrendo, não dá mais pra plantar
Se planta não nasce se nasce não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar
Cadê a flor que estava ali?
Poluição comeu.
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde que está ?
Poluição comeu
Nem o Ramirão sobreviveu
"

21 setembro 2009

Só pra garantir esse refrão...

      Vez enquando bate aquele vácuo criativo, sabe. Nada legal pra escrever, nenhum fato relevante para registrar.

      Poderia falar do trabalho. Só que lá a coisa anda muito parada. Nem uma confusão, nenhuma tragédia, nenhuma fofoca. Nadinha.

      A um bom tempo que não encontro com meus amigos mais próximos. Sabe aquelas reuniões bacanas num dia qualquer da semana, regada a cerveja, truco e tiração de sarro? Não lembro a última vez que fiz isso.

      Os passeios de bicicletas rarearam, agora só uma vez ou outra. E mesmo assim a meia boca, pois anda difícil encontrar parceria pra isso.

      Minha câmera tá desaprendendo a fazer fotos. Ela conhece mais a aranha do guarda roupa que a luz do dia. A culpa é toda minha, eu sei. Reclamações, por favor, nos comentários.

      Poderia falar do namoro. Mas quanto a isso prefiro não falar.

      Poderia reclamar mais uma vez da minha crise financeira e da campanha de arrecadação de dinheiro para a minha pessoa em forma de presente de aniversário. Mas faço isso outra hora.



19 setembro 2009

Pendurado na parede...

      ... eu tinha um mural de fotos. Eu mesmo o fiz, de cortiça e bambu, para colocar as fotos que pouco a pouco eu revelava.

      Fotos essas de pessoas e lugares que me eram estimadas. O fiz com toda a alegria de poder ver (e mostrar) quem me fazia feliz. Mas algo tinha saído errado, porque junto a esse mural veio uma maldição. A cada foto de pessoa que eu colocava, algo me fazia perder laços com a pessoa. Cada foto que colocava de um lugar, eu nunca mais retornava a ele.

      Aos poucos fui deixando o mural de lado. Não limpava as bordas, não mudava as fotos. Já até não olhava mais pra ele.

      Então que, do nada, ele caiu da parede. Já passaram mais de 2 anos com ele na parede e as únicas vezes que ele chegou a cair foi quando meu irmão o derrubou. Porém hoje foi diferente. Ele estava parado, ninguém por perto, nenhum vento. E ele se jogou. Como quem se suicida por não aguentar mais carregar o próprio fardo.

      Entendi o pedido dele. Retirei todas as fotos e o desmanchei. Está lá no lixo, esperando sua hora de partir. Para onde vai eu não sei, só espero que tenha o fim que ele desejou.

The world is spinning round slowly...



      ... e pode acreditar: tudo que vai, um dia volta.



      Não adianta correr para fugir. Nem se esconder e ficar.

Altas emoções!!



      Não tem muito o que fazer esse final de semana? A programação está vazia? Então fica a recomendação: gaste uns trocados pra ver Up - Altas aventuras e volte pra casa pelo menos 50% mais feliz.

      Não sei sairam cópias legendadas aqui no Brasil, mas a dublada é boa de qualquer jeito. Enjoy it!


16 setembro 2009

Manhã de um dia de chuva qualquer

      "Fazia tempo que os dias andavam chuvosos e melancólicos. Parecia que aquele céu de chumbo bloqueava a vida real, restando somente pensar em tudo que já tinha passado.

      Na manhã de hoje o tempo estava mais frio e a luz que entrava da janela, mais pálida, mais sombria. Alguns pássaros cantavam escondidos sob as telhas molhadas, como que alertando: "não saia da sua cama, ela é o melhor lugar do mundo hoje". E passarinho sabe das coisas, já voou muito por aí e viu o mundo de onde só eles podem ver. Mas o mundo do homem é diferente e não lhe deixa viver uma só melancolia.

      Levantou e foi enganar o estômago. Pegou uma maça e colocou a água para esquentar. Um chá quente ia fazer se sentir melhor. A cozinha estava escura, sem cor e sem vida. Depois de tudo pronto, abriu a porta que dava no quintal e foi recebido por um sopro gélido. Daqueles que gelam até o coração. Rapidamente tomou um gole de chá, como quem tenta manter o coração batendo. Foi em vão, a tristeza se apossou dos seus pensamentos.

      Nada mais lhe restava que não fosse sofrer pelo que já tinha sofrido embaixo de um coberto, ouvindo a chuva cair. E já que era para fazer isso, que fosse bem feito. Colocou umas músicas para tocar, pegou papel, caneta, o que lhe sobrou de alegria e começou a escrever.

      Então o céu desabou em forma de água e levou suas idéias. Sobrou somente, e tão somente, o vazio de um dia de chuva. E lembrou do conselho do passarinho...

14 setembro 2009

Não compre @DellnoBrasil



      Nunca fui um ativista muito ferrenho de nada, nem tenho o costume de ser um usuário que dá retorno sobre um produto ao fabricante. Ou você alguma vez já ligou pra Tio João e falou que o arroz deles estava ficando com cara de papa?

      Mas eis que, depois de mais de 2 anos de convívio complicado, venho eu fazer um comentário (infelizmente negativo) de um produto comprado por mim. Meu notebook.

      Era meio do ano de 2007 eu tinha resolvido levar meu computador pro quarto. Como divido esse espaço com eu irmão mais novo e não temos lugar pra colocar mais nada lá, decidi que era hora de aposentar meu velho desktop. Entre idas e vinda, desmanches e atualizações, meu velho frankstein já tinha 6 anos de uso. Como já tinha um bom dinheiro guardado, resolvi partir para um notebook.

      Eu sou uma pessoa muito cuidadosa com meu dinheiro e por isso gosto de pesquisar bastante antes de comprar algo que custe mais de 50 reais, quem dirá algo que poderia custar mais de 2000. Como tenho um bom conhecimento sobre produtos de informática de uso pessoa (a parte tocante a área empresarial me foge o conhecimento) devido a muitos anos de trabalho, fui pesquisar produtos de marcas conhecidas. De antemão tirei Sony e Apple da lista, devido ao preço. Queria um produto de qualidade, mas não tinha tanto dinheiro assim. Descartei Acer e Toshiba porque não encontrei relatos de assistência técnica no brasil, só produtos importados por conta do vendedor. Sobraram Lenovo (IBM), HP e Dell.

      Não curto o designer muito sóbrio e clássico dos Lenovo. Procurando entre ofertas de HP e Dell acabei ficando com a segunda, pois encontrei uma configuração que atendia a minhas expectativas por um preço razoável. O modelo escolhido foi uma Latitude 131l, com processador Turion. Vakor pago? 2400 reais, com o frete.

      Pouco mais de um mês, o primeiro problema. Quando fechava a tela do notebook a mesma não desligava. Lá vou eu ter que ligar pra assitência técnica e agendar uma visita. Depois de muitas idas e vinda do técnico (e de ter trocado quase toda a estrutura do notebook) o problema parou. Por dois meses. Até hoje é assim: se eu baixar a tela, ela fica acessa, exceto se colocar um pesso razoável sobre a dobra que aciona o sensor de desligamento da tela.

      E esse não foi o único problema. Pouco antes da garantia de um ano acabar, a bateria começou a dar problemas. A troca foi efetuada na garantia, mas a pouco mais de 15 dias a bateria nova também começou a dar problemas. O detalhe é que praticamente não as usei, o notebook trabalhou 99% do tempo até hoje na mesma tomada do quarto.

      Ultimamente ele resolveu se desligar sozinho vez por outra. Sabe de uma coisa? Estou de saco cheio. Se alguém me perguntar já fica o recado: Não compre DELL no Brasil.



PS: Procurando por relatos de problemas com a Dell, encontrei isso aqui.

13 setembro 2009

Palavras do coração



São sorrisos largos
Lagos repletos de azul
Os corações atentos
Ventos do sul
São visões abertas
Certas despertas pra luz
A emoção alerta
Que nos conduz

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração


Os artifícios
Vícios deixando de ser
Os velhos compromissos
Pra esquecer
São pontos de vista
Uma conquista comum
O mesmo pé na estrada
De cada um

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração.


Sinais de fumaça


"Onde há fumaça, há fogo".

      No geral ditados populares são bem verdadeiros e diretos, por isso mesmo gosto de seguir seus ensinamentos. Pela quantidade de fumaça que anda me sufocando, o incêncio é enorme.

      Saber onde o fogo começou seria algo importante, pois evitaria que outros focos surgissem. Mas pela área atiginda, isso agora fica em segundo plano sendo mais importante é conter as chamas. E haja água para dar conta.

      Ainda me pergunto se a culpa é minha por não ter visto tudo começar ou se estou isento de responsibilidade devido a mata verde e densa que cercava onde tudo dever ter tido início. Isso é, definitivamente, algo que me incomoda.

      Depois de tudo destruído pelo fogo, fica a esperança de ressurgir vida das cinzas. Demora, dá trabalho e não há certeza de que vá acontecer.

      Mas é o que espero.

07 setembro 2009

O fim da vida como a conheço...



      Foram somente 15 dias. Para quem está perto de completar 28 anos, isso é uma gota comparada a uma piscina. Mas não estaria enganado se disser que foram os 15 dias mais tensos e estranhos da minha vida.

      Tudo começou de uma forma inesperada. Um pedaço de papel, algumas letras e números, várias dúvidas e poucas certezas. E um frio na barriga que acompanha a descoberta de algo completamente novo. Alegria, nervosismo, medo, preocupação. Tudo junto, ao mesmo tempo. Ainda assim, algo que salvaria esse ano que anda sendo cruel comigo. Só que o destino é pode ser doloroso, restanto somento o tempo como remédio.

      E os dias foram passando e as idéias se acertando dentro da minha cabeça. O futuro era incerto. A alegria começava a tomar conta. E então que veio o primeiro golpe.

      Sangue. Aquele que é considerado o fluido essencial da vida veio como um aviso. Todo cuidado possível foi tomado. O importante era preservar quem não podia se defender. Veio o segundo golpe e desse não houve como escapar.

      Tudo isso me fez lembrar da frase que dá título a esse texto. Ela vem do filme PS: Eu te amo. Quando nos encontramos com alguém especial, nossa vida muda para sempre.

      E em 15 dias minha vida mudou muito. Para sempre.