02 fevereiro 2012

Atrasado, mas sem pressa


      O ano por aqui começa atrasado. Com todos os problemas acontecidos, janeiro só serviu para conta os dias do calendário. O ano é bissexto, acho que isso ajuda em minimizar a perda de alguma forma. Um prêmio de consolação.

       Não ficarei remoendo o que já passou e não trás prazer algum em ser relembrado. Deixo isso para uma próxima análise psicológica temperada a drama e lamentação. Talvez eu devesse olhar com mais carinho o que tem acontecido de bom. Talvez eu pudesse sorrir mais um pouco. Quem sabe eu esqueço o que passou.

       Promessas. Várias. Nem todas serão cumpridas. Talvez os 3000 km pedalados ao longo do ano. Ou então os 250 filmes. A reforma do quarto. Todas as visitas prometidas. Quero me ver livre de algumas amarras que fazem parte de mim. Quero mais irresponsibilidade com a razão.

      Outro dia vi um beija-flor do meu lado, quando tirava o carro da garagem para ir trabalhar. Nem me dei conta, naquele momento, de quanto tempo eu não via um beija-flor. Não sei se eles existem tanto quanto antes. Não sei se temos menos flores (menos aromas e menos cores também). Só agora percebo o quanto foi bonito ver o beijo. Feliz da flor.