30 novembro 2010

Limpando a casa

      Chega mais um final de ano e esse blog anda às moscas. Ano passado foi quase assim, mas naquele momento eu tinha um motivo forte o suficiente para tirar umas férias daqui. E tirei. Foi bom, ajudou e me fez voltar a escrever. Só que o reveion está aí e eu não consigo escrever. Antes era falta de possibilidade de publicar, agora é falta de organização de idéias para escrever. Prometi uma reforma de layout do blog ainda esse ano e espero cumprir. E também a melhorar o nível dos escritos, porque últimamente só vem letra de música.

      Então aguardem possíveis mudanças esse fim de ano por aqui.

26 novembro 2010

Into shade*

Kiss on the corner of the mouth
While plants grow strong behind the glass
Proximity is what it is
And curves repeat to disarray
The roots could grow right through the glass
But distance also has a ring
Glimpses when we turn away
The elemental can’t hold sway
Moisture in and moisture out
Nestled in down and beads of sweat
Every hour has its day
You shut your eyes to keep me out
But I don’t need
To see
You stand directly in the light
Flush with the door
Then shade
Two scenes that cut together well
Reflecting things they never say
Like stripes that gather at the waist
These streets meet only once a day
These rooms have witnessed brash display
Now they impress themselves in turn
Descending from the highest note
Taking long and easy strides
All the shivers left outside
Astringency has a rich past
Now get out of my sight


* Letra do Arto Lindsay e música do Lucas Santtana

17 novembro 2010

Nine

      Bem, o tempo de acesso anda curto (no momento estou na sala da minha orientadora de monografia), mas dou meus pulos pra não abandonar meu blog. Tem várias coisas que gostaria de escrever e que acabo deixando passar porque na hora da inspiração não tenho internet.

      Ultimamente tenho assistido muitos filmes. Novos ou velhos, de todos os tipos. E com o advento da alta definição, cada vez mais fico espantado com a qualidade de imagem dos filmes em Blu-ray. Tenho alugado um por semana e tem valido a pena. O preço é quase o mesmo que eu pagaria no cinema, mas posso assistir com meus amigos, minha família ou até mais de uma vez. Sai barato.

      Esse final de semana revi Assassinos por natureza, que é um filme bem louco, sem noção mesmo (coisa do Tarantino), mas também muito bacana. Vale a pena conferir.

      No entanto, é sobre Nine que eu realmente quero falar. Um ótimo musical, dirigido por Rob Marshall (que também foi o responsável por Chicago), com um elenco absurdamente bom e uma fotografia maravilhosa. Conta a história do cineasta italiano Guido Contini (interpretado maravilhosamente por Daniel Day-Lewis) que anda com bloqueio criativo e problemas no casamento. Sua esposa Luisa (Marion Cotillard, linda e elegante como sempre) não suporta mais as traições, principalmente com Carla (Penelope Cruz fazendo uma papel bem engraçado). Tentanto entender o que está acontecendo, Guido apela para o fantasma da mãe (Sophia Loren) e de uma prostituta (Fergie) que eles e os amigos conheceram quando crianças. No meio disso tudo ainda aparece Stephanie (Kate Hudson), colunista da Vogue e completamente mal intencionada com relação ao Guido. Muita mulher pra um homem só (e eu aqui sem nenhuma).

      Produção, figurino, músicas. Tudo perfeito, mais ainda em alta definição. Daniel Day-Lewis é um dos melhores atores que já vi, não me lembro de um só filme ruim dele. Seu sotaque italiano está perfeito. Outra que merece confetes é a Marion Cotillard, que depois de Piaf e A origem mostra que sabe cantar.

      Fica a dica para um ótimo filme.

03 novembro 2010

Contato imediato*

Peço por favor
Se alguém de longe me escutar
Que venha aqui pra me buscar
Me leve para passear

No seu disco voador
Como um enorme carrossel
Atravessando o azul do céu
Até pousar no meu quintal

Se o pensamento duvidar
Todos os meus poros vão dizer
Estou pronto para embarcar
Sem me preocupar e sem temer

Vem me levar
Para um lugar
Longe daqui
Livre para navegar
No espaço sideral
Porque sei que sou

Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você

No seu balão de são joão
Que caia bem na minha mão
Ou numa pipa de papel
Me leve para além do céu

Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação

Longe de mim
Solto no ar
Dentro do amor
Livre para navegar
Indo para onde for
O seu disco voador


* Música do Arnaldo Antunes

02 novembro 2010

Eu

Eu
Ápice e abismo de mim mesmo
montanha russa de frágeis incertezas
me exponho e então implodo
e explodo por conta de fracos pávios:
palavras desmedidas de consequencias imensuráveis.

Eu
Um big bang
expansão instantânea de ser
limitado por minha propria infinitude.
Em minha maior parte, desconhecido
e ainda assim feito de matéria e energia
que em algum momento pode brilhar.

Eu
início e fim de um caminho
eterno desencontro entre ser e (não) estar
soma das partes de um conjunto unitário
inteiro partido, mas sem restos.

01 novembro 2010

No mais

      Vou assistindo meus filmes, ouvindo minhas músicas, respirando meus ares. Vou sendo e, ainda tendo sido, não mudou muita coisa.

      Escrevo nos meus cadernos, guardando na mente falha, perdendo parte de mim por simplesmente não saber como me preservar.

      No mais, vai tudo em paz.