31 março 2009

Coincidências

      Eu gosto de música. Já falei isso váááárias vezes e vou continuar repetindo. Eu gosto também de cultura inútil. Aquelas coisas que normalmente não se sabe para que se sabe, mas se sabe. Um dia ela serve para alguma coisa.

      Juntando esses meus dois gostos, encontrei coisas engraçadas e, provavelmente, inúteis sobre música.

      Todos já devem ter ouvido falar do Adoniran Barbosa. Ele foi o principal compositor do Demônios da Garoa e autor de música como Trem das 11, Amélia, Samba do Arnesto e Tiro ao Álvaro (coitado desse moço!!). Entre músicas menos famosas do Adoniran está Tocar na banda. Música bonitinha essa. E que foi gravada a um tempo atrás pela Comadre Fulorzinha, banda de Pernambuco que não existe mais. Uma das componentes da Comadre Fulorzinha era a Isaah França, que no seu CD solo gravou uma música chamada Ciranda da Madrugada (letra usada no post Desejo). Acredito que essa cantiga seja uma criação popular, sem autor conhecido. E sabe quem também a gravou? O DJ Dolores, artista sergipano radicado em Recife. O vocal dessa versão é da... Isaah França. Nesse povo todo tenho que dizer: conheci essas músicas na ordem inversa. Do DJ Dolores até o Adoniran, que soube ser autor da música Tocar na Banda a uns 30 minutos.

      Os Beatles são, para muitos, a melhor banda de todos os tempos e estilos. Entre os 4 componentes principais o que mais gosto é o George Harrison. Ele compôs várias músicas de sucesso dos Besouros de Liverpool, como Here comes the sun e While my guitar gently weeps. Conhecem, então, Give me love? Uma das melhores músicas do George Harrison, regravada pela Marisa Monte no disco ao vivo do álbum duplo Barulhinho bom. E ainda canta parte de I ain't over 'til it's over do Lenny Kravitz. Para falar a verdade a Marisa é ótima em colocar músicas dos outros nos discos dela.

      Descobri uma banda nova esses dias. Se chama Bossa Cuca Nova. Ela faz versões tecno-bossa de músicas de outros artistas além de outras próprias. A que mais gostei foi Previsão, da Adriana Calcanhotto. Ah, você lembram que ela gravou uma música do Claudinho & Bochecha? É, o nome é Fico assim sem você. Mas será que vocês sabiam que o Claudinho e Buchecha gravou Tempos Mordernos, do Lulu Santos? O próprio Lulu tem uma música chamada Lá vem o sol, que é uma versão em português de Here comes the Sun, do George Harrison ali em cima.

      Agora você pode estar se perguntando para que é que foi que eu escrevi isso tudo. A resposta certa seria: não faço a mínima idéia.

30 março 2009

Natureza I

"Minha visão distorcida do mundo"



Nunca se observa duas vezes
as mesmas águas de um rio.
Tudo já será passado
num piscar os olhos.

O rio cobra, com firmeza,
pelo seu transporte:
dos que vivem, a incerteza
das pedras, a morte.

Em seu orgulho doentio
não consegue perdoar
toda água que lhe corre
nunca mais irá voltar.

O rio também não guarda mágoas
nem guarda histórias.
Ou pode lembrar do passado
o que não tem memória?

Ele não se basta
nem se cabe em si
nasce com a chuva
o mar é seu fim.

28 março 2009

Salve o mundo



      Então que hoje tem a Hora do Planeta. Então que, de acordo com essa iniciativa, as pessoas devem apagar as luzes de suas casa, estabelecimentos comerciais e o que mais for durante uma hora a partir das 20:30, horário de Brasólia. Então que depois disso vão divulgar números absurdos sobra a quantidade de energia que vai ser economizada e o que isso representa para a humanidade. Então que acho isso uma besteira enorme.

      Vou, então, me explicar. Não acredito que isso vá fazer diferença nenhuma. O que representa uma hora de um dia do ano para o impacto que a humanidade causa? Nada. Acho que mais importante que isso é ter consciência de que o mundo não precisa ser salvo. Quem precisa disso é o próprio homem.

      Então: Mudanças de hábito já! Isso leva tempo e só se percebe o resultado a longo prazo, porém é o que existe de mais eficiente. Até duas décadas atrás quase ninguém tinha visto um computador na vida, quem dirá ter um em casa. E agora? Até as classes sociais menos favorecidas tem comprado computadores. Então mudar hábitos é possível.

      Então que comecemos a comprar produtos menos agressivos ao ambiente em todo o seu processo produtivo e forma de uso. Para alguns eletrodomésticos (geladeiras, freezers, ar condicionados, etc) já existem um sistema de classificação quanto ao gasto de energia. Isso vai começar também com os automóveis, que terão etiquetas de classificação quanto ao consumo. É só o começo, temos que procurar mais alternativas.

      Então que podemos gastar menos água no banho, limpando a casa, os pratos e o carro. Podemos economizar energia usando melhor os eletrônicos de casa (eu estou me programando para começar a desligar meu computador quando não estiver em casa). Um jeito fácil para isso é ler os manuais quem os acompanham. Pode parecer besteira, mas boa parte deles contêm dicas de como usá-los da melhor maneira possível.

      Então que não vou me repetir sobra bicicletas. Usem-as!!!

      Então que chegaremos a um ponto ainda mais importante e complicado: a humanidade em si. Todos os outros seres desse planetas vivem em um equilíbrio dinâmico com o ambiente que os cerca. Nos vivemos em desequilíbrio constante. Só quem pode para o homem é o próprio homem. Normalmente isso se chama guerra. Mas poderia ser educação. Já existem seres humanos demais nesse planeta, então tem que se começar a diminuir o número deles. E não espero que sejam mandados para Marte a fim de resolver esse problema.

      Então que eu espero que essa iniciativa de hoje logo mais tarde não seja um movimento de apertar um interruptor. Que seja o de colocar idéias na cabeça.

26 março 2009

Missão 1: completada.



      No começo do ano eu fiz uma postagem sobre meus objetivos no ano. Quase todos complicados de alcançar, mas já dei o primeiro passo.

      É com prazer que anuncio a chegada da minha câmera. Quem me conhece e acompanha a minha saga épica para comprá-la sabe o quanto ela é e será importante para mim. Levando em conta que isso tudo começou em 2006, quando comprei minha primeira câmera fotográfica (uma Canon A610), passando pela segunda (Canon S2 roubada), pela terceira (Canon S5 que levou uma gestação quase toda para eu receber o dinheiro da venda) e chegamos na lindíssima Canon XSi.

      Ao contrário do imaginado, não estou pulando de alegria. Assim como quando troquei de carro, minha satisfação não virá agora, de imadiato, e sim em pequenos e saborosos clicks. Como se trata de uma câmera bem mais completa (e complexa) que as anteriores, estou perdendo mais tempo configurando e lendo o manual que necessariamente fotografando. Uma ou outra foto só para perceber as diferenças das opções que ela me dá.

      Eu mal tinha dito que minha câmera chegou e já tinha gente querendo ver as fotos. Eu não sei se me superestimam como fotógrafo ou é só comoção pela minha história, no entanto me parece que eu tenho alguns fãs. Que bom!

      Ainda vai levar tempo para eu chegar ao nível de domínio que tive com a minha câmera anterior. Foram quase 5 mil fotos em um ano, o que dá mais de 100 fotos por dia!!! É aquele caso: cada passeio rendia centenas de registros. Talvez agora eu seja mais comedido.

      Para quem quiser conhecer um pouco das minhas fotos é só ir no link do flicker na barra ao lado, logo abaixo do histórico do blog. Enjoy it.

21 março 2009

C-bernético.



      Por obrigação profissional, e por disposição pessoal, eu passo muito tempo usando computador. Das 24h do dia umas 15h são em frente ao micro. Ando tentando diminuir isso últimamente, mas os prazeres da internet tem complicado minha vida.

      Eu admito que sou levemente nerd, mas nada que me faça trocar uma reunião com os amigos por um novo site ou jogo. Por sinal, nem de jogo eu gosto. Todas as minhas atividades na grande rede são para contato com pessoas, de forma direta ou indireta.

      Eu tenho dois perfis no orkut (a lógica para a existência deles já deixou de existir faz tempo, só que não me desfaço de nenhum deles), tenho dois blogs (talvez indo para o terceiro), já tive duas contas do MSN (agora só tenho uma), tenho flickr (a muito não atualizado por falta de câmera) e, minha mais recente aquisição virtual, agora eu tenho um twitter (quem estiver afim de ler tem um link ali do lado, abaixo do meu perfil).

      O twitter (que vou escrever tuiter) é um esquema de micro blog, onde você fica contando sua vida a cada minuto. Ou até a cada segundo, se você conseguir digitar muito rápido. Você tem o limite de 140 carácteres por postagem, mas pode postar milhares de vezes ao dia. Então você encontra amigos ou pessoas que escrevem coisas legais e passa a seguí-los. E alguém pode lhe seguir também. Enfim, fica fofocando da sua vida de forma rápida e prática. =D

      Não sei quanto tempo ele (o tuiter) vai durar. Assim como o blog e como o flicker, eu não faço planos para ele. Deixo acontecer. Talvez deixe o blog para coisas mais completas e importantes e o fofoqueiro para pequenas besteiras. Enfim, vou ver no que dá.

About blogs!



      Comecei minha vida de blogueiro na tentativa de me ajudar num momento complicado da minha vida. Sabe aquela coisa de externalizar pensamentos e emoções? Foi bem por aí.

      Nunca fiz muita previsão para o blog. Se ia durar muito ou se ia ser algo para alguns dias era algo que não fazia parte dos meus pensamentos. Só queria um modo de extravasar o que se passava na minha cabeça. Depois dessa fase inicial, até em recompensa a ajuda que ele me deu, procurei outras coisas para escrivinhar nele. Já postei muita lista de música. Já escrevi sobre filmes, sobre livros e sobre seriados. Sobre shows, festas. Sobre mim e sobre o mundo. Inventei poesias e contos. Alguns não tão inventados que outros.

      O blog hoje é parte de um todo, que sou eu. E assim como eu ele chora, grita, sorri, dá presente e... fica de saco cheio. Como ele, e eu, andamos agora. Saco cheio de algumas coisas, de algumas pessoas, de alguns blogs. Não briguei, não discuti nem reclamei com ninguém. Simplesmente ando sem dsiposição para algumas coisas. Isso é normal, não?

       Dia 20 de março foi instituído como dia do blogueiro. Então para todos os que fazem a blogosfera (tanto quem escreve quanto quem lê), parabéns.

      Os textos sem inspiração devem perdurar um pouco mais. Sabe como é, as vezes a imaginação vai dar um passeio...

18 março 2009

Te amo Aracaju, resolvi te viver.



      Escrevo aqui atrasado. Nem sempre temos tempo de fazer tudo que queríamos, então o jeito é se virar e dar um jeito.

      Ontem minha maravilhosa cidade completou 154 anos. Ainda bela e jovem, com bastante dias pela frente, Aracaju está crescendo. Nem tudo que vem a reboque com isso é bom. O negócio é não andar para trás.

      A capital sergipana é uma cidade agradável, calma e aconchegante. Praias largas, mar moreno, ainda bem arborizada. A cidade é relativamente pequena e pouco populosa, o que faz com que os deslocamentos sejam rápidos. E dá para andar bastante de bicicleta. =D

      Problemas existem e alguns são urgentes de serem resolvidos. Aquela carência básica que existe no Brasil de Educação, Saúde e Segurança também se faz presente. Mas nada que estrague o que a cidade tem de bom.

      Nos meus quases 28 anos de vida, praticamente tenho uns 26 sem sair daqui. Os outros dois anos que sobram me fizeram ter certeza que essa cidade é o que quero para mim.

      Mais uma vez deixo aqui os versos do saudoso Ismar Barreto:



...E quando o dia raiar
vou ver a vida nascer
te amo, Aracaju
resolvi te viver.

15 março 2009

Ah! Bruta flor do querer...

      O que mais QUERO é o que AINDA NÃO TENHO.





       O que me MALTRATA é não saber QUANDO TEREI...

12 março 2009

Delícia!!!




      Há tanta coisa gostosa nessa vida que não dá para aproveitar todas. O jeito é curtir o que o destino nos reserva.

      O tempo á inclemente: se guardar, estraga. E ter ganância não nos dá uma segunda chance de provar.

      Então bom mesmo é saborear aos poucos. Como os goles de um suco de maracujá gelado numa noite qualquer de verão...

11 março 2009

Esses poetas!



Quem são esses seres incopiáveis
que transformam sentimentos em palavras.
A dor, a alegria, até o respirar
nada foge ao sentir de um poeta.

Parece que não a nada que fuja
ou escape ao alcance invisível
daqueles que nasceram com a cadência
e a alma da escrita.

O amor parece que é mais amado,
o sofrer, muito mais profundo.
É tanto coisa sentida junta
que mal cabe num mundo.

Todos nós podemos (e devemos) sentir.
Vários puderam aprender a escrita.
Alguns poucos descobrem o viver.
E só os poetas entendem o porque do existir.

09 março 2009

Desejo



"Chegou madrugada
e o pé florido debruçou-se na janela.

Fim da rua estava em festa
tristonho ele queria ser o sonho dela.

Quem dera os olhos que debruçam em mim
fizessem me acordar mais uma primavera"



Ciranda da Madrugada - DJ Dolores

08 março 2009

Who watches the watchmen?



      Depois de um bom tempo de espera, finalmente eu vi o filme. E foi logo dicunforça: duas vezes. Em dois dias, que é para dar tempo de assimilar o que via na tela.

      Confesso logo: não foi o que eu esperava. O filme é bom, independente da comparação com a graphic novel original. Muito bem feito e, mesmo com quase 3h, passa rápido. Para quem não leu a HQ, vai ser um programa muito mais legal do que para quem leu. Caso parecido de O Código Da Vinci. Só que nesse caso o filme é brochante. Watchmen, não.

      Eu esperava pequenas mudanças com relação a história original. Além dela ser enorme, tem várias pequenas histórias paralelas e é preciso ter um pouco de conhecimento sobre história recente e cultura pop. Sim, tem algumas piadas no filme que só são entendidas por quem tem o mínimo de cultura nerd na cabeça. Mais no filme que na revista.

      Só que as mudanças foram maiores e mais importantes que o esperado pela minha pessoa. Devo confessar que o momento dos créditos iniciais ficou perfeito!! Simplesmente demais e com uma trilha sonora que conta muito do que se passa na tela. Foram retiradas algumas histórias que contam o porque dos personagens principais serem como estão na tela. Isso faz falta para quem LEU a revista. Fica uma sensação de vazio. O fim também foi pesadamente alterado e não gostei muito desse inventado para o filme. Ele fez com que se criasse uma situação nova no meio do filme, para que se chegasse ao momento crucial com alguma lógica. Achei que acabaram dando humanidade demais ao Manhattan.

      Quanto a atuação dos atores, com relação aos personagens:

1- Rorschach: Está maravilhosamente encenado e enredado. Melhor personagem do filme.
2- Coruja: Faltou um pouco da inseguranças inicial do personagem. Ainda assim, muito bom.
3- Espectral: Acho que a atriz não era a melhor para o papel. Faltou emoção, principalmente no diálogo em Marte.
4- Comediante: Pena que esse aparece pouco com relação aos outros. E se aparecesse mais ele matava todo mundo. Kkkkkkkkkkk
5- Ozymandias: Pareceu mais gay muito melhor lutador do que percebi na revista. 6- Dr Manhattan: Estava humano demais (já falei isso). Mas o trabalho de expressão do ator foi perfeito.

      Para quem leu esse post antes do filme, não se preocupe. É um ótimo programa. Para quem leu depois, deixa seus comentários sobre o que achou.

05 março 2009

Disfarça e faz que ninguém viu...

      Era para ser um passeio. Um simples e mero passeio, desses que a gente faz para arejar a idéias, respirar um ar que não entra em casa. Era para ser um passeio...

      E estava sendo um passeio, até eu perceber um par de olhos me seguindo. Ah, deveria ser imaginação de um coração solitário, que quer encontrar um amor ligeiro. Segui em frente, esquecido dos olhos. Após uma volta no calçadão, bicicleta vagarando pelo cimento, encontro novamente esses olhos. A me encarar, como se quisessem dizer algo. Eu não poderia estar errado, esses olhos estavam me seguindo.

      Volta após volta os olhares se encontravam, cada vez menos discretos, cada vez mais intensos. Mas não passavam de olhares. E não passamos dos olhares. De alguma forma aquilo era gostoso demais para tentar uma aproximação e acabar levando tudo a perder.

      Por vezes o misterio é mais saboroso que a certeza.

04 março 2009

O tempo não pára



      O mundo não pára, quem pára sou eu. Siba já havia dito:

"Toda vez que dou um passo o mundo sai do lugar."


      Mas enquanto eu fico parado, o mundo continua a rodar, o tempo continua a contar. E quanto mais o tempo passa, menos tempo me sobra.

      Há tento tempo na vida, não haveria porque ter pressa. Há momentos em que parece que o tempo pára. Ledo engano. Nessas horas o tempo passa mais depressa que o normal, sem se dar conta.

      Não desejo que o mundo pare, nem que o tempo volte. A ordem natural das coisas deve ser mantida. Quem tem que mudar sou eu, fazeno valer meu tempo.

      Tempo esse que anda sendo desperdiçado.

03 março 2009

Eu quero devolução!!

      A coisa anda pior do eu imaginava. Agora além do sono vir na hora errada, o cérebro resolvou parar de funcionar. A causa ainda é desconhecida e investigações preliminares não encontraram suspeitos de tal ato medonho.

      Até perto das 9h da manhã de hoje estava tudo normal. Nesse momento entram na sala do trabalho para dizer que meu carro está com o alarme disparado, fazendo o maior barulho no estacionamento. Chegando lá, vou tentar desativar o maldito, mas ele não responde ao comando do controle. Para deminuir o problema dos outros, lá vou cortar o cabo da sirene. Como não ia resolver nada no trabalho, lá vou eu levar o carro para a oficina.

      Depois de um prejuízo de R$ 110,00, voltei ao trabalho para bater o ponto e voltar para casa. E aí aconteceu o primeiro problema: esqueci meu celular por lá. Eu não costumo esquece meu celular em lugar nenhum. E provavelmente vai ter algumas ligações raivosas no setor de "Não atendidas". Paciência.

      Voltei para casa (nessa hora me dei conta do celular). Almocei e nem senti o gosto da comida. Deixei o computador terminando de instalar os programas (formatei ele pela manhã). Aí começou a segunda coisa estranha: comecei a ter surtos de sono. Dormia uns 30 minutos, acordava, passava 15 minutos de olho aberto e então dormia de novo. A tarde toda!!!

      Fui ao shopping para saber se ia haver pre-estreia de Watchmen quinta. Quando estou voltando para o carro, encontro com uma colega. Conversamos rapidamente, só que no meio dessa conversa meu cérebro reiniciou. Eu fiquei sem entender o que fazia no shopping ou porque conversava com ela, por um tempo. E já era a terceira vez que isso me acontecia hoje. Freak demais.

      A noite parece que as coisas estão voltando ao normal. Só meu sono que não chega. Acho que alguma hora vou apelar para o anti-alergico...

      Então, quando chegar a hora da minha morte, vou falar para o cobrador: Mê dá mais umas 8h ou 9h de crédito aí, porque no dia 03/03/2009 me subtraíram na cara dura.

Alta noite já se ia...

      Segunda feira, dia 02/03. Levanto para mais um dia de trabalho. Prestem atenção no verbo: levantar. Para pessoas normais, o verbo mais indicado seria acordar, mas só o utiliza quem dorme. Aqueles que passam a noite em claro somente levantam. Assim como levantam os mortos quando transformados em zumbis. Ta aí uma boa analogia para o resto do dia: zumbi.

      Pego minha bicicleta e vou para o trabalho. O sol ainda está fraco, o tempo está nublado e o vento frio da manhã me lambuza a face. Sem a menor pressa de ir ainda chego mais cedo que o de costume. Para meus espanto, mais pessoas chegaram muito cedo. Talvez por não ter trabalhado na sexta fiquei sem saber de alguma nova má noticia, só que as más notícias se espalham rápido e já teriam chegado aos meus ouvidos ou aos meus olhos. E nem um pio de pardal deu sinal de que isso iria acontecer pela terceira vez em duas semamas.

      O trabalho foi como o de todo dia: sem trabalho. Acho que qualquer dia percebem que não se tem mais serviço como antes e acabam colocando gente na rua. Espero que não seja eu. E perto da hora de ir embora, meu cérebro já tinha entrado em stand by. Nada de pensar. No máximo atos reflexos, porque esses já vem com programação de fábrica.

      Hora de voltar para casa. Sol encoberto, vento contra, preguiça a todo vapor. No meio do caminho, uma viaduto para ser transposto. Uso a última leva de energia que me resta e chego em casa. Nem fome eu sinto. Desabo logo na cama, durmo por 4h seguidas. Para a maioria das pessoas isso é pouco, para mim, uma noite inteira de sono.

      Então estou eu cá, 1:30h da manhã do dia 03/03, sem sono novamente. Não sei se a insônia voltou ou é somente uma desregulagem do sono. Só sei que não está me fazendo bem.