11 agosto 2010

Chá de boldo

      Um certo dia, você recebe uma mensagem avisando de uma exposição fotográfica. Se interessa por fotografia, pelo tema e por quem fez as fotos: sua (sempre) professora de fotografia. Chega o fatídico dia, se apruma e vai ao evento.

      Chega cedo, para pegar toda aquela pequena cerimônia de elogios e apertos de mão, além de sentir um pequeno nervosismo no ar. Quer falar com sua professora, mas ela está cercada por tudo quanto é tipo de gente: das emissoras de TV, da polícia (tema da mostra), dos políticos (eleição é daqui a pouco), alunos, ex-alunos e admiradores. Enquanto isso, vou vendo as fotos. Todas em P&B, de treinamentos e ações práticas da polícia. Não deveria, mas uma e outra chega a ser engraçada. As fotos estão ótimas. Estou tranquilo e calmo quando...

      ... uma pessoa me chama e pergunta: "Você pode dar uma sonora sobre a exposição?". Sou uma pessoa avessa a minha própria imagem, mas não tenho vergonha. Como acho que a Isa merece isso e mais da minha parte, fui lá fazer esse sacrifício. Duas perguntas da repórter, duas repostas curtas (aprendendo com o Twitter). Vai aparecer amanhã, às 8h em algum programa da Record local. Provavelmente não verei, mas fiquem a vontade.

      Pouco depois a pessoa que lhe chamou chega, atrasada mais de hora. Começa a sessão comentários sobre as pessoas. Nada de falar sobre fotos, isso é pros fracos e não iniciados. Depois conseguimos falar com a Isa, que ficou mais a vontade em poder falar com gente que nem ela. Então começou a parte que teoricamente deveria ser a melhor: os comes e bebes.

      Refrigerante, uísque, pro-secco, água. Canapés váriados. Como não estava com fome, tomei dois copos de refrigerante e comi dois canapés. Depois de duas horas e meia por lá, fui embora.

      A noite passou tranquila como deveria, até hoje pela manhã cedo. O intestino acusou o golpe e não teve jeito: dia de rei pra mim hoje. Não sei dizer qual dos dois meliantes foi o responsável ou se a ação foi conjunta. Só sei que estou aqui, sorvendo chá de boldo para apaziguar os fatos internos.

2 comentários:

Paula Peleja disse...

Adorei a sua história a maneira como você coloca as palavras para contar algo.E eu sei é normal todo quem nunca teve um dia de Rei não é mesmo!?
Aposto que deve ter sido bem legal a exposição.
Até mais.
Paula Peleja

Anônimo disse...

In my opinion you are not right. I am assured. I can defend the position. Write to me in PM, we will talk.