Hoje fui mais cedo ao trabalho, então não deu tempo de tomar café da manhã. Lá pelas 9h bateu aquela fome matinal e eu fui exterminá-la numa das lanchonetes que ficam lá no estacionamento.
A dona da birosca, popularmente chamda de Galega, tem um mal gosto musical notável. E vá você pedir pra baixar o volume... Ela vem logo falando todas e mais algumas. No momento em que sentei no banco para pedir meu lanche, escuto a voz inconfundível de Roberta Miranda. Não me lembrava a última vez que tinha ouvido alguma música dela que, para mim, é ruim é beça. E isso não me impediu de sentir um pouco de nostalgia. Sabe de onde? Do Pelourinho em Salvador. Você pode estar se perguntando como isso pode acontecer e eu tentarei explicar a partir do próximo parágrafo.
Minha família por parte de mãe é toda baiana, mais precisamente de Salvador. Meu avô, filho de portugueses, desde sempre teve uma pequena fábrica de carimbos e placas metálicas numas das várias ladeiras que forma o Pelourinho. Quando ia de férias pra lá, sempre me levavam na fábrica. Meu avô morreu quando eu ainda era muito novo, então meu tio (que também é meu padrinho) assumiu o negócio. Como a fábrica ficava numa região menos visitada do Pelô, era possível encontrar a população que vivia naquelas redondezas. Pessoas simples, bêbados, malandros, prostitutas, moleques. Eu me divertinha vendo todos passarem, da janela do 4º andar do Bola Verde (apelido do prédio onde ficava a fábrica).
Depois de alguns anos, meu tio mudou a fábrica de imóvel, mas ainda ficava no Pelourinho. Foi nessa época que morei por alguns meses em Salvador, pois tinha passado no vestibular da UFBA (abandonei no final do primeiro período e voltei pra Aracaju). Quase sempre passava pela fábrica, conversava um pouco depois ia pra casa. Nesse meio tempo, ficava ouvindo as músicas de um sapateiro que tinha a loja em frente à do meu tio. Nelson Gonçalves, Agnaldo Timóteo, Nelson Ned e... Roberta Miranda. Basicamente era isso que ele colocava pra tocar na maior altura, para quem quisesse e quem não quisesse ouvir. Acha a maior graça naquilo, mesmo odiando a maior parte das músicas.
Foi um tempo bom da minha vida. Cidade diferente, pessoas diferentes, sotaque diferente. Gostava de caminhar a esmo pelo Pelourinho, subir e descer o Elevador Lacerda, ir no porão do Mercado Modelo. No fim da tarde, um sorvete ou picolé. E depois voltar pra casa caminhando pelos altos de baixos de Salvador.
A dona da birosca, popularmente chamda de Galega, tem um mal gosto musical notável. E vá você pedir pra baixar o volume... Ela vem logo falando todas e mais algumas. No momento em que sentei no banco para pedir meu lanche, escuto a voz inconfundível de Roberta Miranda. Não me lembrava a última vez que tinha ouvido alguma música dela que, para mim, é ruim é beça. E isso não me impediu de sentir um pouco de nostalgia. Sabe de onde? Do Pelourinho em Salvador. Você pode estar se perguntando como isso pode acontecer e eu tentarei explicar a partir do próximo parágrafo.
Minha família por parte de mãe é toda baiana, mais precisamente de Salvador. Meu avô, filho de portugueses, desde sempre teve uma pequena fábrica de carimbos e placas metálicas numas das várias ladeiras que forma o Pelourinho. Quando ia de férias pra lá, sempre me levavam na fábrica. Meu avô morreu quando eu ainda era muito novo, então meu tio (que também é meu padrinho) assumiu o negócio. Como a fábrica ficava numa região menos visitada do Pelô, era possível encontrar a população que vivia naquelas redondezas. Pessoas simples, bêbados, malandros, prostitutas, moleques. Eu me divertinha vendo todos passarem, da janela do 4º andar do Bola Verde (apelido do prédio onde ficava a fábrica).
Depois de alguns anos, meu tio mudou a fábrica de imóvel, mas ainda ficava no Pelourinho. Foi nessa época que morei por alguns meses em Salvador, pois tinha passado no vestibular da UFBA (abandonei no final do primeiro período e voltei pra Aracaju). Quase sempre passava pela fábrica, conversava um pouco depois ia pra casa. Nesse meio tempo, ficava ouvindo as músicas de um sapateiro que tinha a loja em frente à do meu tio. Nelson Gonçalves, Agnaldo Timóteo, Nelson Ned e... Roberta Miranda. Basicamente era isso que ele colocava pra tocar na maior altura, para quem quisesse e quem não quisesse ouvir. Acha a maior graça naquilo, mesmo odiando a maior parte das músicas.
Foi um tempo bom da minha vida. Cidade diferente, pessoas diferentes, sotaque diferente. Gostava de caminhar a esmo pelo Pelourinho, subir e descer o Elevador Lacerda, ir no porão do Mercado Modelo. No fim da tarde, um sorvete ou picolé. E depois voltar pra casa caminhando pelos altos de baixos de Salvador.
2 comentários:
roberta miranda pow! dá pra colocarmos no repertório depois de tocar ovelha!!! kkkk
:) gosto de te sentir assim..
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