"Uma noite comum. Tinha tudo para ser uma noite comum. Mas noites comuns eram para pessoas assim... comuns. E nós nunca fomos dessas.
Era pra ser um filme comum. Desses que se vê normalmente. Mas esse não era um filme comum. Era francês, arrastado e meio chato. Só que uma cena fez valer o filme. E mudou a noite.
A cena era pra ser uma cena comum. Dessas que tem em todo filme e ninguém presta atenção. Falava de morte. Tetos. E do que fotografamos na retina no instante em que morremos.
Deitados no chão frio de uma noite comum, conversávamos sobre alguma coisa comum. Dessas que pessoas comuns conversam. Mas não éramos comuns. Eramos nós dois. E eu podia esperar tudo quando estamos juntos. Até um nada.
E então perguntei o que ela queria fotografar na retina quando morresse. Ela não queria tetos. Queria um céu estrelado, com lua cheia. Num lugar que a deixasse em paz.
O que você gostaria de estar ouvindo? A não sei. Acho que "Lara's Castle". Pere, tenho aqui no meu Ipod. Ei, vamos morrer juntos?
Claro, vamos. (Com ela eu iria a qualquer lugar.)
Então deitamos no chão frio. A noite fria. Uma coruja no fio, lá fora na rua, nos observava. Fechamos os olhos e cada um viajou na sua imaginação da morte. E a voz da morte era suave, sublime. Enquanto imaginava o que fotografia, senti um toque. Não era frio como a morte. Era tenro, aconchegante. Então a música acabou.
Aos poucos fui abrindo os olhos, voltando da minha morte. E ainda sentia aquele toque em minha mão. Olhei para o lado e a vi ainda imaginando sua morte e desejando poder entrar na imaginação. Fiquei admirando-a enquanto "morta". E vi aquilo era muito mais que imaginar. Era vida.
Uma noite comum. Tinha tudo para ser uma noite comum. Mas quem vive de noites comuns já está morto. E nós não somos nem um pouco comuns..."
Era pra ser um filme comum. Desses que se vê normalmente. Mas esse não era um filme comum. Era francês, arrastado e meio chato. Só que uma cena fez valer o filme. E mudou a noite.
A cena era pra ser uma cena comum. Dessas que tem em todo filme e ninguém presta atenção. Falava de morte. Tetos. E do que fotografamos na retina no instante em que morremos.
Deitados no chão frio de uma noite comum, conversávamos sobre alguma coisa comum. Dessas que pessoas comuns conversam. Mas não éramos comuns. Eramos nós dois. E eu podia esperar tudo quando estamos juntos. Até um nada.
E então perguntei o que ela queria fotografar na retina quando morresse. Ela não queria tetos. Queria um céu estrelado, com lua cheia. Num lugar que a deixasse em paz.
O que você gostaria de estar ouvindo? A não sei. Acho que "Lara's Castle". Pere, tenho aqui no meu Ipod. Ei, vamos morrer juntos?
Claro, vamos. (Com ela eu iria a qualquer lugar.)
Então deitamos no chão frio. A noite fria. Uma coruja no fio, lá fora na rua, nos observava. Fechamos os olhos e cada um viajou na sua imaginação da morte. E a voz da morte era suave, sublime. Enquanto imaginava o que fotografia, senti um toque. Não era frio como a morte. Era tenro, aconchegante. Então a música acabou.
Aos poucos fui abrindo os olhos, voltando da minha morte. E ainda sentia aquele toque em minha mão. Olhei para o lado e a vi ainda imaginando sua morte e desejando poder entrar na imaginação. Fiquei admirando-a enquanto "morta". E vi aquilo era muito mais que imaginar. Era vida.
Uma noite comum. Tinha tudo para ser uma noite comum. Mas quem vive de noites comuns já está morto. E nós não somos nem um pouco comuns..."
*Nome do filme que tem a cena que fala de morte. E tetos. E fotografias de retina...
Um comentário:
então...
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