E então é dia 31 de março. Nada aconteceu. A estrelas não se afogaram no mar e este também não se transformou em sertão. A única seca que me racha a alma é a do coração.
Ainda me sento na frente do computador esperando que algo extraodinário aconteça e me venha inspiração pra alguma coisa. Qualquer coisa. Só que essa moça deve estar fazendo como todas as outras moças: passando e nem me notando.
Até a lua, que tanto já me acompanhou noites a fio, resolveu chegar mais perto pra espiar e não gostou do que viu. Resolveu voltar para o lugar de sempre e me deixou a ver navios.
Calmaria seria bem vinda por aqui, porque no momento só sinto estagnação.
31 março 2011
Findo
24 março 2011
31 dias de vazio
Março chegou, jantou e tá se despedindo. E eu fiquei na varanda, pensando que aqui o calor seria menor. Não foi. Um inferno, isso tudo.
E não teve carnaval, aniversário de cidade ou perigeu lunar que me fizesse entrar no ritmo que preciso. As horas não deixaram de passar por minha causa, os grãos de destino constinuam escorrendo na ampulheta. Pior de tudo é saber que no final não posso virá-la e começar tudo de novo. Ou, quem sabe, continuar tudo de velho.
Saio de casa, encontro os amigos e me divirto. Até demais para quem tem obrigações como as minhas, mas algo me falta. Devo estar procurando no lugar errado ou da maneira errada. Talvez as duas coisas.
Uma semana para o fim do mês e então vem outra folha no calendário. Ficarei feliz se minha vida também mudar.
19 março 2011
Grãos
Dias atípicos pelas bandas de cá. Ainda sobrevivendo com o estoque que fiz de boas lembranças, mas precisando reabastecer o mais depressa possível. Até lembrança tem prazo de validade.
A rotina acaba transformando pequenos atos de carinho em coisas sem importância e isso vai aos poucos acomodando as pessoas. No fim, ou temos uma relação mecânica ou a não temos relação. Nenhuma das duas me parecem uma boa escolha.
Ando sentindo falta de carinho, de mimo, de dengo ou do que mais queiram chamar. Sou uma pessoa independente, no entando não sou auto-suficiente. Preciso de algo que não posso eu mesmo gerar.
E como vocês acham que me sinto quando encontro uma singela mensagem de "Beijos" no meu msn (deixada quando eu não estava no computador) de uma pessoa com quem não tenho muito contato (e anda sumida ultimamente), mas de quem gosto um tanto? Felicidade é o nome disso. É também felicidade que me vem nas veias quando passo algum tempo conversando com alguém e ganho um sorriso como retribuição. São essas coisas que me fazem falta.
13 março 2011
Repeat
Olá você que está lendo essas linhas. Tudo bem? Espero que sim. Comigo não vai tão bem.
Eu poderia escrever aqui como foi meu dia. Cortei o cabelo hoje (um dia ainda deixo ele crescer só pra poder tirar sarro de mim mesmo. Ajudei minha mãe a dar uma geral na casa. Escutei umas músicas bacanas. Mas isso não tem a mínima graça.
Também poderia falar sobre as besteiras que me vem na cabeça de vez enquando. Acho que você já deve ter um pouco de noção do que estou falando e se não tem, dá uma lida no blog. Escolhe umas 4 ou 5 postagens aleatórias. Isso pode não ser tão legal, mas pode valer a pena.
Então pra que estou gastando tempo aqui escrevendo? Para dizer o quanto certas coisas acontecem, se repetem e eu não aprendo com isso. Porque? Essa minha idiota mania de ter fé nas pessoas. Isso só serve para eu ficar assim, chateado. Acho que quem faz isso não se importa muito. Eu ganho um câncer, o mundo ri de mim. Por aí.
E sabe o que acontece se eu reclamo? As pessoas ficam magoadas, dizem que sou insensível. Beleza.
Não vai ser por isso que vou mudar, eu sei bem disso. Teriam que fazer uma merda cabulosamente absurda para me deixarem descrente das pessoas e assim eu começaria a tocar o terror. Ainda não foi dessa vez e é melhor não abusarem.
Vou dormir que ganho mais que esperar o mínimo de respeito das pessoas.
12 março 2011
Tô de olho
Pra quem me acompanha a mais tempo não é muita novidade, mas para os mais novos com certeza será. Meu processo de auto-modéstia está de volta: relatório de visitas do blog!!!
Ultimamente ando em um processo de análise quanto a relação eu <-> blog, por vários fatores que em melhor momento escreverei aqui. Uma coisa que me incomodava um tanto era que o número de visitas tinha diminuído bastante (as postagens também, confesso); os comentários, idem. Meu objetivo inicialmente com esse hobby era me expor, aliviar a pressão interna da mente; com o passar do tempo, foi se tornando algo maior. Já perdi a conta de quantas pessoas conheci por causa dele, que se tornaram partes ativas da minha vida. De uma certa forma criei dependência desse retorno não-escrito, uma expectativa de sempre conhecer mais e mais pessoas. Sou uma pessoa que faz amizade facilmente. Me acostumei mal e de certa forma descontei no blog. Também estou passando por um momento de mudanças na minha vida que se refletem aqui, seja na quantidade, seja na qualidade dos textos. Façam como eu: se acostumem com dinâmica do tempo.
Então descubro que não é o blog que está sendo menos visitado, é o sistema de verificação que estava desatualizado. Na boa, tava mostrando aqui que eu não tinha nem 30 visitas mensais. Então fui atrás de respostas e faço a bendita atualização. Agora sim, um número aceitável para mim: 1032 visitas nos últimos 30 dias. Ótimo.
Sei que a internet tem seus meios de geolocalização, assim como sei que nem sempre ele é 100% confiável. Coisas de configuração de roteadores, DNS e máscaras de sub-rede, que não vem ao caso. O que me espanta é ter visita de países como Arábia Saudita, Polônia, Romênia e Rússia, de um total de 20 diferentes nações. O que não estranho é que o país com o maior número de visitas, depois do Brasil, é Portugal. Conheço algumas pessoas que moram lá (e nenhuma nunca falou que leu algo neste blog) e lá se fala português. O que me deixa feliz é que as visitas vem de 24 (!!!) cidades diferentes. Obrigado a todas e todos que estão em terras lusitanas.
O Brasil representa 90% das visitas e os navegantes vem de 148 cidades diferentes. Até onde me lembro, isso é um recorde. Antes havia uma disputa ferrenha entre São Paulo e Aracaju quanto a primeira colocação na lista, hoje em dia os paulistanos estão folgados no topo e Aracaju vem em terceiro. No meio dos dois, RJ. Sempre me pego pensando quem Aracaju aparece por aqui. A quase totalidade dos meus amigos não fazem isso, que eu sei. Boa parte deles nem sabem que eu tenho um blog. E minha terrinha tem beeeeeeeeeem menos gente que as duas maiores metrópolis brasileira. Então obrigado aos meus conterrâneos e conterrâneas.
Não tenho como negar que isso me deixa mais contente e mais motivado pra escrever. Aprendi a gostar de escrever aqui, também, porque ter gostado de saber que não é em vão pra vocês.
Depois dessa rasgação de seda, voltemos a programação normal.
10 março 2011
Quarta feira de cinzas
Era pra eu ter terminado de escrever esse texto ontem, mas só consegui fazê-lo hoje. Meu planejamento de carnaval não passou nem perto de ser cumprido, mas não tenho motivos pra reclamar disso pois, apesar de tudo, meu carnaval foi bom.
Como sexta e sábado eu só conseguia dormir, esses dias foram praticamente inúteis. Nem filme eu conseguia ver, porque meu estado debilitado não me permitia manter a atenção. Eu não comia, por falta de fome. Meu carnaval mudou no domingo, quando a turma da animação veio tomar banho de piscina aqui em casa (como eu não conseguia sair de casa, melhor trazer os amigos pra cá). Comidas, bebidas, risadas e resenhas rolaram a tarde toda. De noite tomei um pouco de coragem e fui ver a Spok Frevo Orquestra no carnaval. Foi bem legal. Só não foi melhor devido ao atraso absurdo da programação. Voltei pra casa cansado e feliz.
Segunda foi dia de piscina de novo. Continuação da tarde anterior, com a diferença que não fui pra show algum a noite. Fiquei vendo meus seriados ( mas nenhum filme). Terça foi piscina de novo, mas em outra casa. Novamente foi uma maravilha passar essas horas com os amigos. Quarta feira de cinzas foi um dia mais relax, mas não deixou de ter um churrasquinho. Hoje é dia de voltar ao batente.
O que tirei como lição nesse carnaval foi aprender a cuidar melhor da minha saúde. Poderia ter ido pra rua mais vezes, mas a infecção e o calor me fizeram ter prudência. Acho que vou ser recompensado depois. =D
05 março 2011
Folia de momo
Então é carnaval. Para alguns a festa mais esperada do ano; para outros, uns dias para descansar. O meu, esse ano, começou numa urgência médica.
A algum tempo vinha sentindo uma falta de disposição para meus afazeres do dia a dia, lutava contra a vontade de não fazer nada. Tinha tido também febre em alguns dias. Até que na madrugada de quinta para sexta a coisa ficou mais grave. Todo meu conteúdo estomacal resolveu se revoltar contra o curso natural da digestão, me fazendo vomitar durante um bom tempo. Passei o resto da noite em claro, sem consegui dormir. Amanheceu e eu estava com febre. Não sou muito chegado a médico e hospital, mas esse ano resolvi cuidar melhor de mim, então fui a urgência.
Não gosto muito do hospital que tenho que ir, mas sempre fico mais tranquilo quando conheço o médico que vai me atender. O Gabriel estudou no mesmo colégio que eu (ele é alguns anos mais velho) e o irmão dele é meu xará e amigo. Sabia que não ia ser atendido como mais um paciente qualquer. Além de atencioso, ele tentou melhorar meu humor. Depois de um soro rápido com analgésicos, saio o resultado do exame de sangue: infecção bacteriana. Uma semana de antibióticos, bastante água e um pouco de descanso. Bom saber que ainda não é nada muito grave.
Meu projeto de carnaval era ir um ou dois dias pra rua e passar o resto do tempo em casa, assistindo meus vídeos e ouvindo minhas músicas. Apesar de tudo acho que ainda não preciso alterá-lo. Engraçado, também, que depois de ter feito de tudo em carnavais passados (viajado pra Salvador e Recife/Olinda, acampado, namorado, ficado em casa e por aí vai) já não fico mais incomodado/agoniado quando ouço/leio que as pessoas vão fazer alguma coisa de interessante durante esses dias de folia. Meu espírito já está em paz com isso.