Guardo meu passado muito bem, em forma de lembranças, fotos e pedacinhos de papel. Estão lá para serem resgatadas assim que bate a nostalgia. Ou a necessidade de arrumar o guarda roupa (no sentido literal ou metafórico).
No meio desses relicários envelhecidos, me deparo com alguns pedaços de metal enferrujados, com algumas letras e números gravados. Medalhas. Pequenos símbolos de grandes conquistas que o tempo transmutou em grandes símbolos de coisa nenhuma. Apenas metal, ferrugem e um pouco de lembrança. Ou nem isso.
Uma a uma foram enfileiradas na mesa, como se fosse um exército vencido a caminho da execução. Não havia mais orgulho em exibí-las, o brilho se foi para nunca mais. Melhor se desfazer delas.
Não espero mais ganhar medalhas pelo que conquistar. Prefiro as fotos, os pedaços de papel e, principalmente, as lembranças.
2 comentários:
Não tenho palavras para o mestre da palavra, nem medalhas, fotos ou lembranças para lhe oferecer. Resta-me sorrir pelas coisas bonitas que acabei de ler e de sentir. :)
Aos perdedores, as batatas. Aos vencedores, medalhas já opacas. Nao se deixe levar pela crueldade do tempo.
E sempre me pergunto... sera q ainda resta um pouco de mim nessas suas caixinhas de memoria: ;)
Beijocas
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