Não gosto de finais. Quer dizer, não gosto quando esse final está relacionado a mim. Não posso controlar o mundo nem as pessoas e fazê-las entender que o fim é ruim, então tenho que está preparado para eles. Mas não queria.
Eu gosto de graça das pessoas a quem tenho apreço. Faço o que faço por elas sem pedir troco. Talvez, por vezes, goste de uns afagos na alma e não acho isso errado. Relações desequilibradas são nocivas para todas as partes. Não quero para mim, não desejo para ninguém.
Escolhas. Renúncias. Disso é feita a vida. Nem sempre ganhamos, mas quase sempre perdemos alguma coisa. Ou alguém. Não deveria ser assim.
E se por esses dias fiquei contente por ter retomado contato com alguém que foi importante pra mim, mesmo que por pouco tempo e tudo tenha terminado de forma confusa, por outro lado acabo de perder outra pessoa igualmente importante, com quem compartilhei boa parte da minha vida nos últimos 3 anos (pensando agora me parece que foram bem mais). Não que ela tenha morrido, tomado chá de sumiço ou ido viver num lugar ermo da Terra. Foram escolhas e renúncias.
Tenho sim tristeza no meu coração, mas essa se desfaz com o tempo. Vão ficar comigo somente as boas lembraças. O sorriso. O sotaque engraçado. Os convites de aniversário mais legais que já recebi (e, pior, tive que recusar). A decepção de nunca ter podido fotografar um dos sorrisos mais bonitos e gostosos que já vi. O cabelo curto aos 23 anos. Nem tão curto aos 24. Do desejo de ver o mar.
Si, seu lugar ainda tá guardado no meu coração. Espero que você um dia queira-o de volta. Não precisa de esforço. É só mais uma escolha.
PS: Cuida bem do Vinícius, tá?
Um comentário:
http://estoriaestranha.blogspot.com/2011/04/momentos-online.html
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