13 abril 2011

Disritmia

De pouco a pouco um salto, um descompasso marcado
desejo exasperado de possuir o que ainda não tenho
que aos poucos vai crescendo numa transmutação quase instatânea
ao ter você nos meu olhos e imaginar o teu cheiro
Deixa me embolar nos teus cabelos, misturar nossas peles
duas cobras criadas, um tanto malcriadas
outro tanto, bem servidas
e num ritmo dissimulado cada qual a sua maneira
desejando do outro um vacilo (melhor ainda, um bote alheio)
pois o receio é um charme que nos tempera por dentro
dança sem passo certo, mas de compasso intenso
acompanhado de um som teso e abafado
nessa hora tardia, com os corações disparados
a disritmia vai tomar conta do espaço...

2 comentários:

Anne disse...

Tá, confesso que invadi o espaço e li vários, mas adorei esse! Tem ritmo, tem cor, tem um monte de sensações. adorei!!!! UI.

Desculpe a invasão...rs.
Bjos

Cattanho disse...

Não tem como este poema não chamar atenção de todos amantes da leitura e da pura simplicidade que carregamos na alma.
Tenho certeza quando redigiu este poema você estava no deleito da sua inspiração um grande amante da paixão. . .Meus parabéns, adorei e desculpa por fujicar seu blog.
Parabéns e um grande abraço.