14 agosto 2008

Summertimes

     A vida é uma caixinha de supresas. Umas boas, outras nem tanto (as ruins a gente esquece). Tem as inesquecíveis, tem as que são voláteis e se vão num instante. Mas não deixam de ser supresas.

     Quinta feira eu tive uma daquelas pra ficar guardadas pra sempre, na mente e no coração. Quem já lê o blog a algum tempo sabe que eu participava de atividades do Movimento Estudantil de Biologia. Não vou entrar aqui na discussão desse ponto, não tem cabimento. No último ENEB que fui, realizado em Viçosa - MG em agosto do ano passado, eu conheci muita gente. Umas eu nem lembro do rosto, do nome. Mas algumas poucas me chamaram atenção de alguma forma. Uma dessa pessoas foi a Catota.

     Engraçado desses encontros é que quase nunca você sabe o nome das pessoas, somente o apelido. Catota estuda bio em uma universidade paulista. Menina muito amável, prestava atenção em tudo, tentava entender tudo. Mas num encontro que dura uma semana e as pessoas novatas no movimento recebem uma carga de informação tão grande que acabam tendo um treco. O chamado choque de consciência.

     Durante, e principalmente, depois do ENEB eu conversei muito com a Catota. Tentando tirar dúvidas, explicar contextos. E nisso foi surgindo uma amizade legal. Sempre que nos encontrávamos na net eram várias horas de lero-lero. O resultado disso??? Uma bela supresa.

     Quinta feira eu havia acabado de chegar em casa do trabalho (agora eu tô de férias!!!) e fui olhar as correspondências. No meio de contas pra pagar, propagandas de colchões e panfletos políticos, uma carta escrita a mão. Simples por fora, imensamente linda por dentro. 3 coisinhas estavam lá dentro: um texto, uma foto e uma folha.

     O texto era um emaranhado de idéias, soltas por todos os pedaços de papel, completados por inúmeros desenhos. Agradecimentos, parabenização, frases de apoio. Tudo junto ao mesmo tempo. A foto era do céu da Suiça, tirada numa viagem no começo do ano. A folha estava dessecada, para resistir ao tempo.

     Eu fiquei um pouco mais alegre por causa dessa carta. E do meu jeito vou respodê-la. Não por obrigação, mas pela satisfação de deixar alguém também mais alegre.

2 comentários:

Ana Amelia Teixeira disse...

Legal!
Cartinhas;)
Faz muito anos que não recebo cartas, agora tudo é email...
nem dá pra sentir o cheiro..rsrs
bjuxx!!!

Clara del Valle disse...

Quinta eu tb tive uma surpresa daquelas... daquelas que a gente esquece em nome do amor próprio. rs

Eu adoro cartinhas. Estou retomando um hábito antigo de escreve-las. Não são manuscritas pq minha letrinha é de doer de feia, e nem enviarei pelo Correio, pq a net tá ai pra encurtar as distâncias. De tradicional sobra apenas o tamanho - ter mais de 4 linhas, em tempos de scrap é um luxo, convenhamos.

bjs meus