06 maio 2008

Da série "Só podia dar (muito) errado"

 

     Imagine o que se passa na cabeça de um estudante de biologia. Da pra imaginar bichos, matas, laboratórios, discussões acalouradas sobre meio ambiente, ecologia, efeito estufa, biopirataria, agroecologia. Enfim, coisas vivas...

     Agora esqueça tudo isso e viagem comigo: 7h de terça, numa manhã chuvosa e fresquinha, você entra na sala de aula e se depara com um professor escrevendo no quadro: E(x) = (ax+y)²

    Então você para, pensa "Whatfuckinghellisit??" e acredita piamente que errou de aula. Depois se lembra do nome da matéria: MQB II. Em português corrente, métodos quantitativos de biologia, nível dois. É, a sala é essa mesma.

     O professor vai tentar explicar sobre esperança matemática, variância e essas coisas engraçadas que só acontecem com números numa folha de papel. Ele tenta ser didático, explica todos os pormenores, cada sinal e então percebe que tem algo errado.

     Ele pega a cola que levou para a sala de aula (ou alguém ia acreditar que ele deduziu tudo de cabeça??), confere e vê que o resultado não foi uma certeza matemática. Logo, a um erro intrísseco ao desenvolvimento da equação, que nesse ponto já conta com umas 3 letras do alfabeto latino, 3 do alfabeto grego e uma letra alienígena que apareceu do nada. E eu nem contei dos algarismos...

     Tentamos ajudar, mas não deu em muita coisa. Afinal de contas estamos mais familiarizados com termos como gênero, espécie, feedback. Até aprendemos um pouco de latim de tanto que tentamos decorar o nome científico dos seres. Agora pergunte se a maioria lembra de como resolver uma equação. Nadinha.

     Depois de muito esforço descobrimos um sinal errado, que fez tudo se perder. Após encontrado o meliante aritmético, equacionamos nossos problemas. Pelo menos até a próxima aula.

     Moral da história: A esperança de uma esperança é ela mesma, afinal de contas a variância de uma constante é zero. Socorrooooooo!!!!!!!!!!!!!!

Um comentário:

Grazielles disse...

Sai correndo... que é isso... Ainda bem que eu faço letras...

Céus!