10 abril 2010

Precipitação



      A chuva te trouxe pra mim. Uma chuva fina, uma garoa, que de leve e aos poucos foi alimentando meus sonhos. E foi essa chuva que te fez ficar.

      Outras chuvas vieram. Mais fortes, mais fracas. E cada gota delas nos faziam aproximar, nos apegar, nos querer. Não era mais chuva, era cola, calor e carinho. Era eu e você.

      Então uma tempestade chegou e carregou tudo para bem longe. Desfez, sem chances de disfarce. Derramamos nossas próprias chuvas, nossas lágrimas, nossa dores. E nunca mais fomos os mesmo. Talvez um rio tenha se formado entre a gente, cada vez mais caudaloso, cada vez mais intrasponível. Cada vez menos nós.

      Veio a estiada, a falta de chuva, de águas. E ainda alimentávamos nosso rio, nossas mágoas. Erramos, confessemos. E não soubemos mais consertar nossos erros. Nos perdemos em nós mesmos.

      Voltaram as chuvas, mas não voltamos ao que éramos. E a chuva está te levando de mim... Até quando? Até quanto? Até!

10 comentários:

Unknown disse...

Lindo texto... Adorei!

Nane disse...

Nossa, amei seu blog!
É bem compatível com minha linha de raciocinio.
Certeza que vou add aos meus favoritos. Parabéns e continue multiplicando esse talento.

Beeeijo!^^

Anônimo disse...

Até.

Jú... disse...

Caraca... =~~~

Unknown disse...

Nossa Thito me comovo tanto com você, chorei lendo lindo demais!

Vc é muito talentoso com as palavras mas e eu tenho certeza que isso vem do coração.

Tapiocas para vc!

Unknown disse...

Nossa Thito me comovo tanto com você, chorei lendo lindo demais!

Vc é muito talentoso com as palavras mas e eu tenho certeza que isso vem do coração.

Tapiocas para vc!

Janaina de Oliveira disse...

Nossa muito bom o texto, adorei.
Escreva mais dessa forma =)

DBorges disse...

Isso serve pra gente aprender que nada é eterno.

Nandasol disse...

Acabou?????

Carol disse...

Lindo demais Titico...
Que coisa inspiradora é o amor (pro bem e pro mal)...
E vc é demais baixinho! Xibilhões de beijos