Um vale, sem cor, sem aroma
sem borboletas a voar.
Sem flores, sem mel
sem pássaros a cantar.
No rio que corta o vale
não nadam peixes,
nem há sapos a banhar-se.
Somente o limo.
No vale há vida,
mas não há alegria.
E há quem pergunte
existe vida sem alegria?
E num dia, sem avisar,
chegou ao vale um raio de luz
enviada pela alegria
como cartão de visita.
No começo o vale estranhou
todo aquele calor iluminado,
aquele brilho ofuscante,
o som harmônico vindo de todos os lados.
E o vale vai mudando,
no passo lento e cadenciado da natureza
e por onde se olhe agora
há um pouco de beleza...
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