11 abril 2008

Um raio de luz...

 

Um vale, sem cor, sem aroma

sem borboletas a voar.

Sem flores, sem mel

sem pássaros a cantar.

 

No rio que corta o vale

não nadam peixes,

nem há sapos a banhar-se.

Somente o limo.

 

No vale há vida,

mas não há alegria.

E há quem pergunte

existe vida sem alegria?

 

E num dia, sem avisar,

chegou ao vale um raio de luz

enviada pela alegria

como cartão de visita.

 

No começo o vale estranhou

todo aquele calor iluminado,

aquele brilho ofuscante,

o som harmônico vindo de todos os lados.

 

E o vale vai mudando,

no passo lento e cadenciado da natureza

e por onde se olhe agora

há um pouco de beleza...

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