10 dezembro 2007

Desapropiação cultural

     O processo de evolução cultural é algo engraçado, às vezes estranho. Quando um grupo de pessoas convive por algum tempo criam um conjunto de ações que são repetidos por todos. Poderíamos chamar isso de cultura social.

     Com o crescimento da população, além da colonização de ambientes diferentes, um conjunto quase infinito de costumes foram criados. As viagens e as colonizações fizeram com que as culturas se misturassem. Tal fato gerou um movimento novo: a apropiação cultural.

     Por vários fatores diferentes, alguns pontos de uma cultura nativa eram sobrepujados por outros vindos de fora. Não vou aqui fazer juízo de valor se um é melhor que outro, não é o meu objetivo. A cultura de uma sociedade é dinâmica, assim como as pessoas que fazem parte dela.

     Só que com a invenção maior (mais muito longe de ser a melhor) do homem, chamada de capitalismo, um novo motivo para imposição surgiu, com muita força: o mercado. Era necessário vender sua cultura para outras sociedades, pois dessa forma ela também compraria os seus produtos. Ou como se explicaria a venda de esquis no Brasil???

     E assim temos mais algumas incoerências. O mito do Papai Noel, por exemplo. Provavelmente criação de algum comerciante esperto, ele leva as pessoas a comprar presentes. Mas por qual motivo, se a principio o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus? Só se ele foi um dos 3 reis magos, o que acho difícil.

     Outro detalhe engraçado é que ele veste roupas quentíssimas, para suportar o clima da Lapônia. Como ele sobreviveria aqui??? Mas nem adaptado o mito foi, a roupa continua a mesma. Assim como as renas (será que ele tem licensa do Ibama??).

     Por essas e por outras que Papai Noel caiu fora da minha vida. Assim com o coelhinho da páscoa. Mas o boitatá e o curupira ficam, afinal de contas eles são brasileiros como eu e não desistem nuncam. =D

     Galera, desculpem-me por não ter feito as atualizações em inglês. Por motivo de força maior (festas), quase não fiquei em casa. Mas não se preocupem, mais tarde elas chegam.

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