18 dezembro 2007

Essa noite

     "Chegou a noite. A tão esperada noite. Estava tudo planejado, desde a roupa até o desfecho final. E nada poderia dar errado. Afinal de contas era a noite deles.

      Ele se arrumou como nunca havia feito antes. Não que tenho arranjando roupas novas ou acessórios caros. Prestou atenção em cada detalhe de seu traje. Perfumou-se. Cabelo arrumado. E vestiu-se de alegria e desejo para o que viria logo mais.

      Saiu de casa e foi ao encontro dela, escutando a música que tinha escolhido para embalar os pensamentos. Se perdeu em devaneios, estava nervoso. Ficou perguntando-se se esquecera alguma coisa. Refez todo o plano na mente e mais uma vez teve certeza de que estava tudo em seu devido lugar.

      Então ela aparece. Bonita como sempre, linda como nunca esteve. E a beleza dessa vez partia do olhos dele que, famintos, quase entregam o que estaria por vir. Ela estava como ele pediu: blusa, saia e sandália. Mas isso tudo é acessório, embalagem para o presente que ele daria pra si. E para ela.

      Beijaram-se com carinho. E partiram para a noite. A intensão dele era chegar logo ao fim. Mas isso não teria graça, seria igual a sempre. E hoje, pelo menos essa noite, tudo seria diferente.

      O jantar foi perfeito; o vinho, ideal. Aquilo foi apenas, e tão somente, a entrada para o prato pincinpal. E nesse tempo ele percebeu os detalhes dela. A boca molhada e rosada, que guardava um alvo sorriso e uma língua macia e quente. E aquele olhar!! Olhos que escondem um tesouro faceiro, misterioso. A pele levemente morena, as mãos ágeis e inquietas. A noite seria única.

      Ele sabia que não poderia dar um passo errado agora, estava quase chegando ao momento que havia se preparado com afinco por tempos que não tem como lembrar. A hora de mostrar o quanto desejava-a. E ela nem sabia disso...

      Pisaram na areia fina e fria pela noite. O mar estava calmo, como quem só observava o estava por acontecer. A lua emanava seu brilho suave, fazendo com que fosse possível ele admirá-la sem dar bandeira. Uma observação mais demora e ela começaria a imaginar, quem sabe descobrir, o que não tardava por lhe encontrar.

      Então sentaram-se numa cabana de palha, que por tempos ele frequentava em segredo. O lugar era deserto, só a brisa se fazia presente, em movimento. E só então chegou a hora. Ele não conseguia mais esperar, tudo estava acontecendo exatamente como deveria.

      Deitados eles se abraçaram, sentindo o calor que se sentiam quando se amavam. Observando-a, vendo os detalhes do seu corpo, os olhos se encontraram. E ele sorrateiramente amarrou as mãos dela, que  por um momento se assustou, pensando em perguntar o que era aquilo. Descobriu, dentro de sí, que algo seria deferente naquela noite. E relaxou.

     Sem dizer nada, ele a vendou. Pouco depois ela começou a sentir um perfume diferente no ar, algo que que lhe preenchia e a excitava. Sentiu um toque no rosto, o cabelo sendo jogado para trás. Um beijo, logo em seguida. Desse ardente, pecaminoso, indecentes. E incadecente. Ela sentiu o calor percorrer o corpo, da boca ao ventre. Seguidamente beijada, ela já se encontrava entregue. Os lábios dele percorrendo o pescoço dela, ora mordendo, ora tocando. Junto com o toque, o ar quente da respiração causando arrepios por onde passava.

      Ele não era só lábios, no entanto. Era mãos, pernas e muito tesão. Sabia que ainda não era a hora de perder o controle. Abriu o primeiro botão da blusa. Blusa que ele tinha dado de presente meses antes, na condição de só usar quando ele pedisse. Ao tempo que os beijos desciam o pescoço, as mãos abriam botões. E a blusa já não mais cobria nada. Ela sentiu a brisa fria sobre o corpo, para logo esta ser afastada pela pressão dele se jogando sobre si. Ela sentiu o calor da boca voraz, da barba por fazer sobre seus seios, que já se encontravam nus.

      Aquilo tudo acontecendo e ela não podia ver, somente sentir e imaginar. Por longos minutos ele se esbaldou. Lambeu, mordeu, apertou. E ao poucos a boca foi descendo mais, chegando ao umbigo. Então ela sentiu uma forte pegada em sua cintura, a erguê-la e puxar sua saia. Então ele pode admirar a figura feminina que se apresentava em sua frente. Sentiu cada poro daquela pele, cada curva daquela forma. O pedaço de pano que restava, cobrindo a virilha dela, não tardaria a desaparecer.

      Ele retirou a blusa e encostou seu peito no dela. O calor trocado era fullgás. Queimava, ardia. Ela sentiu o peso sobre si e ainda assim se sentia leve.

      E numa fração de segundos ela sentiu aquele arranhar característico entre as pernas. Mãos a lhe parcorrer, unhas a arranhar. Ela não podia revidar, estava atada. Aquela situação a excitava cada vez mais. De repente, sentiu que estava completamente nua. Sua calcinha foi arrancada por uma boca faminta, enquanto olhos de predador quando avista a caça brilhavam pelo prazer por vir. Então tardou-se a se embrenhar nas entranhas de sua presa, que só reagia aos ataques com gemidos e movimentos curtos. A respiração de ambos já era ofegante.

      Então chegou a hora de se entregar, não podia nem queria mais se conter. Tirou o que sobrava da sua roupa e partiu para cima da sua adorável presa. Ela sentiu aquela invasão carnal e gemeu. Não tinha mais o que fazer, estava entregue. E novamente a sensação de ser invadida. Cada vez mais fundo, mais forte, mais rápido. As mãos que antes só faziam pequenas intervenções passaram ser mais invasivas, quase agressivas. E nesse ritual de devoração da presa o predador também se entrega. O mundo pára, suas defesas vão embora, ele só quer se deliciar. Nesse ritual ambos se esvaem, consumidos até a não terem mais energia, banhados em suor e êxtase.

      Então adormecem, sem saber do mundo, sem querer que o tempo volte a andar..."

4 comentários:

Mairla disse...

mas vc é muito cara de pau ein! kkkkkkkkk
só não leio o texto agora pq to aki estudando, mas já já leio ;P hunf!

Anônimo disse...

simplesmente... lindo!!!

=)

Anônimo disse...

Queria ter escrito esse texto. Adorei!
Beijos, Thito!

Anônimo disse...

Sinistro e excitante... um tesão!

gostei ^^