Eu tenho um coração. Quer dizer, dois: um que fica bombeando sangue, outro que fica me arranjando problemas. O primeiro anda bem, obrigado. Já o segundo...
Esse parere que não aprendeu. Já sofreu, foi dado e em seguida rejeitado, rasgado, dilacerado, arracado do peito. Mas sempre dá um jeito de voltar. Então fica quieto um pouco, só pra parecer que está bom, e logo arranja outro motivo pra se magoar. Ele, definitivamente, não aprende.
Com esse coração eu converso, troco idéia, tento ensinar algumas coisas. Sempre em vão. Por mais que eu diga pra ele "Aí não, desse jeito você se ferra!" , ele cisma em desobedecer. Só que ele não paga o pato sozinho, sobra pro resto do meu eu.
Ultimamente a conversa tem aumentado, pois já estou percebendo que ele vai aprontar mais uma. Tá se engraçando todo pro lado de alguém. Isso, em si, não é algo ruim. Eu até quero que ele se engrasse com alguém. Mas com alguém que tenha a mínima possibilidade aceitável concreta de ter algo comigo. E nesse caso a possibilidade é estupidamente ínfima de acontecer (quem dirá de dar certo). Agora pergunte se adianta alertar? Necas de pitibiriba...
O que isso quer dizer? Que lá vamos nós, eu e meu coração arranjador de problemas, para mais uma derrota quase certa. E o outro continua bombeando sangue como se nada estivesse acontecendo.
4 comentários:
E quem disse que coraçao ouve a razao?
Eu tambem queria muito que o meu me ouvisse de vez em quando!
Abraços e bom sabado!
menino, pois não é que pro meu eu tive que escrever uma carta? Isso de só conversar tava adiantando nada, dai eu escrevi... o chamei de "meu relicário", dai ele deve ter se sentido mais amado e passou a me escutar com um cadim mais de atenção... tente!!!
bjs meus, boa semana!
Ih, Thito... dá um jeito aí, um safanão pra ver se ele cai em si... rs
Beijo.
Relaaaxa Thito =)
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