Esse texto nao é fruto de um impulso. É resultado de vários momentos de escritas e edições. Não é muito meu jeito de escrever, mas dessa vez achei que precisava ir com calma.
A razão desse texto é exatamente onde você o lê: o blog. Não vou falar aqui o que acho ou o que deixo de achar de blogs, do que gosto ou do que me faz escrever. Dessa vez escreverei sobre como e quanto ele mudou minha vida. E, acreditem, não foi pouca coisa.
No princípio foi para desabafar e colocar pra fora toda amargura e tristeza que tinha dentro de mim devido ao fim de um namoro. Como em toda primeira vez a coisa toda foi estranha. Por mais que possa haver um mínimo de privacidade é díficil se expor a todos de uma hora para a outra. E decidi também que preservaria o nome das pessoas sempre que pudesse. Me restou, então, escrever.
A primeira postagem não foi a mais difícil. Eu costumo lidar bem com novas situações, me sindo a vontade com uma certa facilidade. Complicado mesmo foi depois de algumas postagens tentar entender o que se passava. Estava eu escrevendo para alguém ler ou somente para me livrar dos pensamentos? Depois que encontrei parte da resposta, aí sim blogar virou um prazer e, por vezes, uma necessidade.
Comecei contando pequenas histórias do dia a dia, sobre as músicas que escutava e um pouco de como me sentia. Relendo algumas das postagens iniciais me relembrei do que se passou em cada dia desse. Pra mim isso é o me mantem escrevendo: me ajudar a relembrar um sentimento, uma cor, um lugar e, principalmente, pessoas e momentos.
Sempre achei que blogs pessoais (como esse meu) fossem um meio de comunicação de via única, que o retorno seria mínimo. Puro engano. Se no começo os comentários partiam de pessoas que já me eram próximas na vida real, ao longo do tempo esse perfil mudou bastante e desconhecidos se tornaram o público principal. Eu também fui me sentindo mais a vontade para comentar nos blogs alheios, chegando ao ponto de conseguir uma namorada (bem real, nada de virtual)!!
Com algumas pessoas eu perdi contato, com outras eu estreitei mais e assim cheguei a conclusão que o blog se tornou mais uma porta de entrada ao meu conjunto de relações pessoais. Não vou listar aqui os nomes, porque sei que vou esquecer de vários, mas deixo aqui aberto todo meu contentamento com cada comentário que li e com cada palavra que troquei por msn ou telefone ou pessoalmente.
Um comentário:
eu ainda não sei se escrevo pra me livrar dos pensamentos ('se escrevo o que sinto é pq assim diminuo a febre de sentir!') ou se preciso que alguém leia como que para materializar o desabafo... só sei que é muito bom e que a blogsfera me trouxe muita gente do bem!
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